Como, face a tanta adversidade, o judaísmo permaneceu vivo e floresceu, deixando uma marca na história humana totalmente desproporcional aos seus números? Esta é a pergunta que o rabino-chefe do Reino Unido, Jonathan Sacks, procura responder em Uma Letra da Torá. Por um tempo longo demais, os judeus definiram a si mesmos à luz das coisas ruins que lhes tinham acontecido. É fato que, muitas vezes, quase foram dizimados. A destruição do Primeiro e do Segundo Templos, a expulsão da Espanha e a Solução Final de Hitler são apenas quatro exemplos. Mas, contrariando todas as probabilidades, sobrevivemos a sucessivas catástrofes e nos mantivemos como uma comunidade próspera e vibrante. A pergunta que o Rabino Jonathan Sacks faz é, simplesmente, Como? Como, face a tanta adversidade, o judaísmo permaneceu vivo e floresceu, deixando uma marca na história humana totalmente desproporcional aos seus números? Escrito originalmente como um presente de casamento para seu filho e sua nora, Uma Letra da Torá é a resposta pessoal do Rabino Sacks a esta pergunta, um depoimento em louvor à indestrutível perseverança de seu povo. Ao explorar a revolucionária série de idéias filosóficas e teológicas que são fruto do judaísmo - do Pacto do Sinai ao Shabat e à educação formal - e ao nos mostrar o quão incrivelmente relevantes elas continuam a ser nos dias atuais, Sacks retrata a identidade judaica como uma honra e um dever. O Baal Shem Tov, rabino do século 18 que fundou o Chassidismo, comparou o povo judeu a uma Torá viva, na qual cada judeu é uma letra do texto sagrado. No pergaminho, uma única letra danificada invalida a Torá. No judaísmo, a ausência ou o afastamento de um único indivíduo faz todo o povo sofrer. O Rabino Sacks usa esta metáfora para construir uma argumentação apaixonada em prol da prática religiosa nessa época secular, e nos convida a participar ativamente da preservação de uma tradição tão rica e envolvente quanto a nossa. Nunca antes um livro expressou com tanta eloqüência o regozijo de ser judeu. Esta é a história da esperança de um homem em relação ao futuro - um futuro no qual a geração dos nossos filhos abraçará com alegria toda a beleza da religião mais antiga do mundo.