Brancati caracteriza-se por seu moralismo profundo, amargo e desesperado. É um incessante observador da preguiça, da incapacidade de agir e da debilidade moral da sociedade burguesa siciliana que, de certa forma, reflete a situação da burguesia italiana como um todo. Em O belo Antonio, romance que seria depois imortalizado no cinema com Marcello Mastroianni no papel-título, o autor junta o sarcasmo à hilaridade ao utilizar a metáfora do jovem impotente que representa o limite encarnado do supremo ideal do fascismo e da sociedade burguesa meridional, no sexo, na impotência moral, militar e política do regime, com a consciência desolada pela inutilidade dos esforços para mudar o mundo.