Um romance sobre um grande homem, que construiu uma grande cidade. Um homem de fibra. Era assim que José Pellerini podia ser definido. Um homem que desde muito jovem conheceu a dureza de lidar com a terra, que foi contra tradições e preconceitos, que conquistou o amor apesar das diferenças, que se aventurou no desconhecido para povoar uma cidade no norte do Paraná, que hoje conhecemos como Londrina. Esse mesmo homem está deitado em uma cama de hospital, desejando apenas poder morrer em paz, na terra que tanto ama: a Terra Vermelha. Escrito com maestria e originalidade, "Terra vermelha" comove e arrebata, à medida que relata em um só tempo a vida e a morte de um homem. O norte do Paraná começou a ser colonizado em 1930, a partir de Londrina, por imigrantes de três dezenas de países de quatro continentes, e migrantes de todo o Brasil. Dona Sebastiana e José Pellerini foram um desses muitos casais de os colonos pés-vermelhos que deixaram suas origens com a promessa de uma vida melhor. E agora, Seu Zé revive suas histórias, deitado num leito de UTI, ouvindo seus filhos discutirem sua herança e implorando para que o deixem morrer em paz, na casa que ele mesmo construiu. "Terra Vermelha" surge a partir da interseção de fatos históricos, ficcionais e a história pessoal de Domingos Pellegrini (a partir de um sistema próprio de pontuação desenvolvido pelo autor). Além de José e Sebastiana (avós do autor e protagonistas deste romance), o antropólogo Claude Levi-Strauss e o jornalista João Saldanha, entre outros, também inspiraram a criação dos personagens que integram este romance.