A história do pensamento social brasileiro é marcada pelo tenso reconhecimento dos limites da modernidade e da modernização. Essa tensão, ao refletir as condições de construção desse pensamento, frequentemente se manifesta por meio do mapeamento de distâncias relativas entre as fontes de inspiração teórica e os fatos da condição periférica. Particularmente nossa urbanização apresenta processos de elevada heterogeneidade na produção de nossas cidades, constituindo um lugar especial para refletirmos sobre as possibilidades de o saber teórico dar conta dessa natureza heterogênea. Pesquisadores de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Manaus e Salvador lançam olhares, a partir de suas vivências profissionais, sobre fenômenos urbanos à sua volta. Assim, o presente livro reúne artigos que contribuem para elucidar os processos urbanos que se somam à grande heterogeneidade de nossa experiência com a questão.