Nesta obra, Rita Morelli abre novo campo de possibilidades para a investigação dos processos de produção industrial da cultura. No primeiro capítulo a autora faz uma revisão crítica do conceito de cultura entendida como esfera da vida social autônoma em relação à do trabalho utilitarista ou da produção material. Em seguida, mostra as limitações presentes na noção de massa como categoria estruturante da sociedade contemporânea, que acaba por encobrir as relações entre classes sociais, e aponta as aemadilhas presentes no conceito de 'cultura de massa', que se, por um lado, pode expressar a ideia de que se trata de uma cultura que emana da própria massa encobrindo assim as tendências de padronização dos produtos simbólicos impostas aos considores pela indústria cultural, por outro, revela parâmetros elitistas de julgamento estéticos desses produtos.