Mais solitário que canceriano longe de casa é o terceiro livro do autor e o primeiro de poesia/crônica, retrata a solidão de um caranguejo que utiliza a arte como subterfúgio de uma vida de desencontros e deslocamento existencial. A angústia de ser estrangeiro em qualquer lugar e, como Ulisses, enfrentar todo tipo de obstáculo para voltar para a casa. Não é um livro sobre astrologia, nem só de solidão. O título é uma metáfora sobre a essência que liga os textos. O sentimento de não pertencimento foi a matéria bruta para a produção lírica. O não-estar, o afastamento da cidade de nascença, os desamores, as velhas casas da infância, memória afetiva e nostálgica, o desejo de fuga e busca de lar no seio de uma paixão. Tudo isso convida o leitor a embarcar nessa odisseia repleta de símbolos, fantasmas, dores reminiscências.