Este livro representa um esforço ao enfatizar a importância da representação presente na obra literária "Viver é devagar" de Brasigóis Felício (2003). O diálogo estabelecido entre geografia e literatura permite buscar novos caminhos para realizar o estudo referente ao espaço urbano goianiense, que, neste caso, representa a metrópole. O livro compõe-se de narrativas acumuladas em diferentes tempos permitindo uma leitura de distintas realidades, presentes no cotidiano. Nesta obra percebe-se o poder da obra literária em representar fragmentos de uma realidade, quando o autor se posiciona como um agente geográfico sendo perspicaz ao perceber as tramas do cotidiano. Uma obra literária não representa somente a razão em sí, tampouco apenas a emoção, mas sim uma junção de real e do imaginário, ou seja, do que é concebido pelo ser humano. Portanto, é possível concluir que a análise de obras literárias por meio da geografia pode ser denominada Geoliteratura.