Esquerdismo: doença infantil do comunismo, escrito e publicado em 1920, foi o último livro de V. I. Lenin. A Rússia soviética passava por uma dura guerra civil (1918-1920) levada a cabo pelas forças burguesas e reacionárias internas e estrangeiras derrotadas em 1917. No movimento revolucionário internacional, estavam consolidados a falência da Segunda Internacional e o triunfo da estratégia e tática bolchevique na Rússia. E também se viviam as consequências imediatas do fim da Primeira Guerra Mundial, num clima de destruição e reconstrução. Em 1919, Lenin propõe como tática para se fortalecer o movimento revolucionário e a própria Revolução Russa a criação da Terceira Internacional, que ficaria conhecida como a Internacional Comunista. O experimentado dirigente via a necessidade de um movimento revolucionário internacional para levar adiante a construção do socialismo, pois sabia que ele apenas se consolidaria e avançaria em direção a uma sociedade sem classes se os países do capitalismo desenvolvido também fizessem a sua revolução. Daí a sua preocupação com o movimento revolucionário na Alemanha, na Inglaterra e outros países. O Esquerdismo (...) empreende uma crítica às correntes de esquerda na Europa com vista a consolidar uma força revolucionária que fizesse frente ao poder burguês e levasse ao triunfo a revolução em cada país.