Percebemos ao longo dos anos que a amizade pode muito bem se constituir em motor da reflexão, sem que se anulem divergências pontuais de enfoque. Notamos também, nesse mesmo período, que o dissenso põe em teste permanente não só posições teóricas e políticas, mas a própia idéia exigente de amizade, que cultivamosem alta conta. Amizade e produção coletiva são articuláveis. A divisão do trabalho intelectual e a recente corrida (para onde mesmo?) pela ampliação dos currículos têm levado a uma concepção excessivamente individualista do esforço intelectual.