É com essa frase de Jacques Derrida que se entra em Na estrada, poema de Geruza Zelnys ilustrado/bordado por Liliana Pardini. A epígrafe e os créditos são as únicas palavras inserida no livro depois, de forma digital. Todo o texto principal foi bordado por Liliana, que já tem mais de 30 livros de artista publicados, durante o processo de ilustrar o poema de Geruza. Na Estrada não foi um livro planejado, aconteceu-me como uma névoa. Nele, agora, flagro uma espécie de origem de todo meu projeto poético: o lugar no meio em que tudo recomeçou para a frente e para trás; o lugar no qual se inscreveu uma experiência significativa., conta Geruza. Para dar conta da carga poética do texto, Liliana percebeu que precisaria bordar os avessos da história, o que estava escondido. Por esta razão, fez o livro em formato sanfona, por onde o leitor vai, e depois volta. Tomara seja, prestando atenção ao que está no meio.