Quando minha filha Anahí ficou grávida, resolvemos bordar o mistério que é vir nascer na terra. Convidamos quem gosta de bordar e cada uma bordou um quadradinho, um carinho de boas vindas para esse ser chegante. Nos reunimos amigas bordadeiras de vários lugares deste vasto país trazendo cores, pipas coloridas, pássaros, bichos, árvores e nuvens Destas mãos surgiram histórias encantadas e imaginadas. A força do amor e da re-união de mulheres afirmando o poder de criar, encantar e contar histórias com a agulha, a linha, a mão. Assim a colcha virou um manto protetor. Um manto sonhador. Para embalar e aquecer uma criança. Para escutar o pulsar do coração das crianças. Para afagar a mãe. E abraçar as avós.