De sua vida multifacetada, um traço maior emerge: a estrada preferida de Stradelli foi sempre a do Atlântico e do Mar Doce infinito da Amazônia. E, nesta, as estradas invisíveis de seus povos escondidos na maior floresta, refratários à civilização ocidental de predadores e genocidas. E ele foi, verdadeiramente, um amigo dos indígenas. Incorporou seus mitos e lendas. E foi incorporado, de igual para igual, pelas narrativas dos povos do rio Uaupés, pela sua memória oral inscrita na voz e incisa nas pedras (itacoatiaras) que ele tão bem soube decifrar. Do prefácio de Francisco Foot Hardman.