A política pública voltada à educação infantil no Brasil, principalmente na modalidade creche, tem historicamente sido mantida por meio de parcerias entre as prefeituras e organizações não governamentais para a gestão dessas unidades educacionais. Tal realidade é também vivenciada na cidade de São Paulo, que conta com a maior rede de creches conveniadas do país. No caso Paulistano, concomitante ao conveniamento com as ONGs para a gestão de creches, há o modelo direto, ou seja, profissionais contratados pela Prefeitura Municipal através de concurso público e que possuem benefícios e direitos que se diferenciam e muito do modelo conveniado. Sem dúvida alguma, o modelo direto valoriza o profissional, possibilita um melhor acesso à formação, à jornada de trabalho reduzida, ao melhor salário e ao plano de carreira e disponibiliza ainda alguns benefícios. Deste modo, por que a política pública na cidade tem priorizado o conveniamento se ele significa, em diversos aspectos, a perda de direitos, principalmente dos trabalhadores da educação? Este é o tema analisado neste livro.