Manantial não é manancial, fonte, olho d'água: é atoleiro, pântano, lugar de águas escuras e traiçoeiras. E é nesse lugar sombrio que acontece o desfecho do conto de Simões Lopes Neto. Para lá o leitor é levado, junto com Maria Altina e Chicão, numa corrida desenfreada em direção ao fim trágico. Maria Altina era moça mimada, tratada com todos os cuidados pelo pai, a avó e uma tia. Enamorou-se de André, o furriel que pediu sua mão a Mariano, o pai, e somente para ele tinha olhos e suspiros. Mas havia Chicão, rapaz que despertava medo em Maria Altina. Ela não estava errada. Tomado de fúria, Chicão arrasta a moça, que não se entrega, para o fundo das águas barrentas do manantial.