Publicado na França em 1942, sob a ocupação nazista, o Partido das coisas de Francis Ponge propunha uma nova forma de poesia - e de literatura -, situada a meio caminho entre uma descrição poética das coisas cotidianas (a chuva, a ostra, a laranja) e a elaboração de um pensamento sobre como as noções que temos acerca dessas mesmas coisas se entrelaçam e se confundem com a própria linguagem. Esta tradução propõe um retorno ao meio do caminho, numa época não menos assustadora, que outra vez nos obriga a tomar o partido das coisas.