Huxley elabora uma cartografia das áreas não-mapeadas da consciência humana. Os dois ensaios são "relatos pacíficos de uma experiência extraordinária". A obra. As portas da percepção e Céu e Inferno não tratam da revelação de um Céu ou de um Inferno de visões, mas sim da descoberta de uma tradição arcaica que a droga tornaria visível: a semelhança entre a mente do homem e a realidade substancial do cosmos. Nesses dois ensaios, que estão entre os mais profundos estudos já escritos acerca dos efeitos do uso das substâncias psicoativas, Aldous Huxley investiga as fronteiras remotas da mente e elabora uma cartografia das áreas não-mapeadas da consciência humana. A história do livro. Aldous Huxley foi um dos primeiros escritores do século XX a estudar as "mudanças objetivas" provocadas pelo uso das drogas de excursão psíquica. Os resultados dessas investigações estão reunidos em As portas da percepção, de 1954, e Céu e Inferno, de 1956. Os títulos dos ensaios foram colhidos dos aforismos criados por William Blake, um poeta "maldito", que mimetizou suas alucinações tanto com palavras quanto em telas que representam personagens bíblicas em cenários apocalípticos. No primeiro ensaio, o autor descreve sua experiência com a mescalina, um alcalóide extraído do peiote, um cacto mexicano. Já no segundo ensaio, Huxley prossegue no exame das implicações mentais e éticas dessa experiência. O que se diz. Para Manuel da Costa Pinto, jornalista, editor da revista Cult e autor do prefácio, "As portas da percepção e Céu e Inferno são relatos pacíficos de uma experiência extraordinária e sugerem um autor que não transfere para a escrita as fendas e as instabilidades de sua paisagem interior".