O novo livro de Fernando Paiva é um daqueles que não dá para parar de ler. Nos contos de Depois que o tempo passar, Madalena, coisas como mapas genéticos personalizados, pousadas interplanetárias ou exocerebelos aparecem com uma naturalidade desconcertante, como se o leitor também vivesse nesse futuro distante, após uma diáspora da humanidade pelo espaço sideral. O protagonismo é dividido entre o tempo (seja de uma vida inteira ou de um corredor em busca de um novo recorde) e Madalena: nome feminino recorrente em várias das histórias e que assume formas diversas.