Andersen tem algo da simpatia cordial do inglês pelos fracos e injustiçados, e algo de seu humorismo caricatural. O seu sentimentalismo mal dissimulado é o protesto de um coração sensível contra o materialismo implacável deste mundo, coração de proletário perdidos entre os ricos, coração de criança perdida entre os adultos. Porém, protesto não é revolução. E Andersen venceu a vida, não pela erudição de Nuredim, mas pela sabedoria ingênua de Aladim.