Esta obra procura oferecer uma visão panorâmica do comércio do açúcar entre Amsterdã, o Porto, Pernambuco e Bahia na sua época áurea, entre 1595 e 1630, mostrando como se dava o funcionamento internacional desse comércio naquela época, bem como os desafios e riscos que navegadores e comerciantes enfrentavam. Com iconografia, mapas e imagens inéditas no Brasil, a obra visa mostrar como a produção do açúcar transformou o espaço brasileiro, nos séculos XV e XVI. O autor pretende tratar do plantio e fabricação do açúcar, da necessidade de extensos campos férteis, muita lenha, proteção contra ataques de nativos e estrangeiros, numerosa mão de obra e vultosos capitais. Mostra também que foi o açúcar que exigiu a transferência maciça de escravos africanos para servirem na sua produção, ao lado ou em lugar dos nativos, e também de imigrantes europeus, atraídos, incentivados e mesmo forçados a tentar a sorte na colônia, com maior ou menor sucesso. Capitais de diferentes origens também concorreram nesse processo que fez emergir uma sociedade colonial e escravocrata na América Portuguesa.