O presente trabalho é meu primeiro mergulho na extensa profundidade que guarnece os direitos humanos das mulheres e a teoria do reconhecimento, tendo sido o pontapé inicial para a continuidade dos meus estudos mundo afora, em países como Marrocos, China, Noruega, Alemanha e Áustria. Partindo de uma releitura daquilo que a Teoria Crítica frankfurtiana iniciara, eu busco investigar o direito à autonomia cognoscitiva das mulheres, de um modo não apenas científico, mas também imbuído de paixão, inevitável pela minha qualidade de mulher brasileira, submetida a tantos padrões impostos por um patriarcado milenar. A violação da autonomia cognoscitiva das mulheres no seu cotidiano resulta na patrimonialização de sua existência e de seu corpo, e prejudica o desenvolvimento efetivo da sua liberdade e autonomia.