Londres, segunda metade do século XIX. Sue Trinder, órfã de nascença, cresceu numa área degradada da cidade junto a uma família onde eram "todos mais ou menos ladrões". Sob o comando da sra. Suckby, a matriarca, o grupo passava os dias entre pequemos delitos vivendo, de furto em furto, na ponta dos dedos. De uma hora para outra, no entanto, o destino de Sue se conecta ao de outra órfã esta morando num casarão sinistro num campo não tão distante. Finalista do Man Booker Prize e do Orange Prize, Na ponta dos dedos é um dos mais prestigiados livros da britânica Sarah Waters, autora de Os hóspedes. Remetendo a Charles Dickens, Jane Austen e às irmãs Brontë, Waters cria, sob um olhar contemporâneo, um impactante romance vitoriano que congrega mistério, erotismo e reconstituição de época numa narrativa impecável. Como parte um plano capitaneado por um colega de golpes da família chamado Richard Rivers mais conhecido como Gentleman por conta de seu charme e fala empolada , Sue vai trabalhar como camareira na mansão de um idoso pedante, excêntrico e possessivo chamado Chistopher Lilly. Ele mora sozinho com a sobrinha e única herdeira, a jovem e frágil Maud, mantida parcialmente isolada do mundo. O papel é Sue é conquistar a confiança da moça e, nas palavras de Gentleman, "mantê-la tola e persuadi-la, em sua ingenuidade, a cair na cilada" ou seja, casar-se com o charlatão após a iminente morte do tio. Em seguida, Gentleman pretende dar o toque final em seu golpe: internar Maud num hospício e tomar posse da fortuna deixada pelo velho.Londres, segunda metade do século XIX. Sue Trinder, órfã de nascença, cresceu numa área degradada da cidade junto a uma família onde eram "todos mais ou menos ladrões". Sob o comando da sra. Suckby, a matriarca, o grupo passava os dias entre pequemos delitos - vivendo, de furto em furto, na ponta dos dedos. De uma hora para outra, no entanto, o destino de Sue se conecta ao de outra órfã - esta morando num casarão sinistro num campo não tão distante. Finalista do Man Booker Prize e do Orange Prize, Na ponta dos dedos é um dos mais prestigiados livros da britânica Sarah Waters, autora de Os hóspedes. Remetendo a Charles Dickens, Jane Austen e às irmãs Brontë, Waters cria, sob um olhar contemporâneo, um impactante romance vitoriano que congrega mistério, erotismo e reconstituição de época numa narrativa impecável. (...) E, embora Na ponta dos dedos remeta, com muito estilo e propriedade, à literatura vitoriana, seu subtexto não poderia ser mais atual, abordando com liberdade questões de sexualidade, gênero e classe. A tudo isso se soma um trabalho sofisticado de construção de personagens, descrições de encher os olhos, ambientação atmosférica, atenção minuciosa aos detalhes históricos, diálogos precisos e um texto com o raro dom de ser tão virtuoso e elegante quanto extremamente fluido. Todo esse apuro, aliás, foi um prato cheio para o cinema: em 2016, o romance, transposto para a Coréia do Sul durante a década de 1930, foi adaptado para as telas como A criada, produção dirigida pelo aclamado Park Chan-wook (de Oldboy) que concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes.