Em O primeiro Natal, Marcus J. Borg e John Dominic Crossan abordam com a mesma minúcia de seu livro anterior, A última semana, os primeiros dias da vida de Cristo, desfazendo-se do dogmatismo acumulado ao longo dos séculos em torno dessa que talvez seja a mais conhecida de todas as histórias. Segundo eles, a Natividade deve ser analisada como parábola, mesmo porque as versões dos dois evangelhos são, às vezes, conflitantes, tendo apenas alguns pontos em comum. Dessa forma, Borg e Crossan mostram magistralmente que a história do Natal, se lida em seu contexto original, é muito mais fascinante e valiosa do que se imagina. O primeiro Natal é um livro corajoso que desafia a interpretação tradicional das histórias bíblicas, provando que o cristianismo e sua bela mensagem são extremamente úteis para se compreender a humanidade, mesmo passados mais de dois mil anos.