A missão evangelizadora, enquanto elemento estruturante da identidade cristã, diz respeito à razão fundamental do ser da Igreja. Todavia, ao longo dos séculos, manifestou-se geralmente por meio de uma ação embebida de um espírito hegemônico, expansionista e proselitista, intrinsecamente vinculada à epopeia colonial do Ocidente. Essa configuração revelaria a verdadeira alma, por vezes dissimulada, do movimento cristão? Ou seria possível repensar hoje no anúncio do Evangelho a todos os povos e, portanto, na natureza da própria Igreja, em uma perspectiva autenticamente dialógica e decolonial? Sobre essas questões se debruça a teologia contemporânea da missão à luz da renovação conciliar.