Antes que tudo acabe defende que as diferentes definições de crise, ou os muitos modos como seus desenvolvimentos são interpretados, são resultados de construções e reconstruções realizadas tanto pelas esferas midiáticas quanto pelas esferas políticas. A escolha das mídias do Brasil e da Croácia se deu pela “não centralidade” de ambos os lugares, ou seja, pelo fato de não pertencerem aos países hegemônicos do eixo Europa Ocidental-América do Norte, e também pela percepção de que, em cada um dos países, os efeitos econômicos, e depois políticos, entre os anos 2007 e 2010, terem sido sentidos de modo quase oposto. Com esta obra, portanto, o objetivo foi mostrar que os procedimentos utilizados pela mídia na abordagem da crise e no processo de se transformar efetivamente em ator político tiveram grande influência nas decisões e nos rumos das ações políticas.