Confesso que sei muito pouco sobre o cinema mudo. Simplesmente porque nunca tive muita chance de assisti-lo. Imagine então o espectador comum, que tem dificuldade de aceitar o cinema em preto -e branco, que dirá ,então o sem fala. Mas não e por má vontade, e falta de oportunidade, de informação. Até mesmo para minha geração ficou difícil imaginar o que foi o cinema dos anos de 1910 e 20, que só vimos em cópias deterioradas e movimentos desajeitados. Custei a descobrir que nos filmes antigos as pessoas não andavam rapidinho, que isso era só devido a uma diferença de velocidade na projeção. Este livro é resultado de uma saudável sede de saber mais e de se comunicar para uma multidão carente de informações. Atualmente Celso Sabadin é o único crítico de cinema que se apresenta em rede nacional (por TV aberta) -aliás sempre de forma espontânea e direta, procurando se comunicar claramente com o público -e tenho certeza que este livro é o primeiro de muitos. Que você vai acompanhar com o mesmo prazer que eu. Rubens Ewald Filho