O que algumas pessoas têm para se saírem melhores que as outras nas mais variadas tarefas e como, ou o quê, fazem para que suas ações sejam notadas e reconhecidas? Baseado nas últimas e principais pesquisas sobre o assunto, o jornalista Geoff Colvin, editor da revista Fortune, ensina o que fazem algumas pessoas para serem mais bem sucedidas que as outras, no livro Desafiando o talento - O que realmente separa os melhores do resto do mundo, lançado no Brasil pela Globo Livros, com tradução de Helena Londres. A conclusão desta minuciosa investigação para traçar respostas sobre o fabuloso desempenho de algumas pessoas é surpreendente: o talento inato não vale nada, ou seja, qualquer pessoa pode ter um desempenho de alto nível, como o do investidor Warren Buffett e do jogador de golfe Tiger Woods. "Parecem fortes as provas de que o tipo certo de prática pode transformar alguém desprovido de dons notáveis em um realizador muito melhor, até mesmo excepcional", declara Colvin. O livro chega ao mercado em tempos de crise econômica e, dentro desse contexto, traça perfis de pessoas aparentemente comuns que saíram vitoriosas de suas áreas ao adotar posturas ou planejar metas. Na prática, são ações que podem servir de inspiração para que outras pessoas sintam-se confiantes para agir de forma em que se sobressaiam no emprego e se mantenham nele, ou usem a crise econômica - época em que a pressão para manter a produtividade em alta é ainda mais explícita - para mostrar eficácia profissional, como um trampolim para novas oportunidades. Nessa jornada, exemplos não faltam, de atletas a executivos capazes de alcançar resultados fantásticos. Jack Welch, considerado pela revista Fortune o administrador do século XX e John D. Rockefeller, um dos homens mais ricos do mundo, por exemplo, tinham em comum o fato de não se sobressaírem perante os outros. O que eles fizeram, então? Dedicaram-se, esforçaram-se e alcançaram o topo. Diante de tantos estudos, teorias e testes com pessoas, o autor é convincente em afirmar no livro: não basta o trabalho árduo para fazer as pessoas se destacarem no que fazem, embora a prática melhore o desempenho. "Os maiores inovadores em uma ampla gama de campos de ação - negócios, ciência, pintura, música - têm pelo menos uma característica em comum: passaram muitos anos em preparação intensiva antes de dar qualquer tipo de salto criativo. Realizações criativas nunca vêm de repente, mesmo naqueles casos em que o criador mais tarde conta que foi assim", finaliza Colvin.