Minha filha disse-me um dia: poetar, um belo termo, hein? Verdade! A palavra encerra tal grandeza como nenhuma outra poderia. Um tanto secretamente Rosa Leda acolheu a palavra em seu coração, mesmo sem pensar nela. Rosa acredita não fazer poesia. O centro de sua atenção é o ser humano, seus pontos de partida afetivos e intelectuais. Seus protagonistas? Nós. Narra sem pressa em um misto de humor e tristeza, as lembranças e os fatos cotidianos. Seu relato sobre o baile de carnaval é como um quadro detalhando toda a superfície e quando o olhar do leitor se estabiliza e registra a forma visual, a autora dá um soco em seu estomago e ele, como um bêbado equilibrista, abandona o salão, digo suas divagações... Comparando seu estilo a uma tela bem-feita, seus contos possuem fatura segura, paleta sóbria, manchas e grafismos vibrantes.