As autoras e autores dos textos que compõem o livro buscaram estabelecer diálogos com os leitores e leitoras na tentativa de problematizar algumas idéias que têm transitado na área de educação. Idéias que vão surgindo por todos os lados, compartilhadas que são de diferentes formas e intensidades pelas pessoas. Por essa razão são, ao mesmo tempo, idéias de todos e de ninguém. Não há autores únicos; são idéias da vida cotidiana e, no caso deste texto, da vida cotidiana das escolas. Em particular, estaremos problematizando idéias que defendem que a formação de professores e o currículo são processos cotidianos intrinsecamente enredados, que se determinam mutuamente, não havendo como diferenciá-los, pensá-los de forma isolada, em meio às tessituras e partilhas das redes cotidianas de saberes e fazeres. De modo mais amplo, e aí se coloca uma questão de fundo dos textos apresentados, cada vez tem sido mais difícil, nas redes cotidianas tecidas pelos sujeitos das escolas, identifi car com nomes, (tais como, currículo, planejamento, avaliação, ensino, aprendizagem...), o que acontece nas escolas. Se nos cursos de formação essas palavras implicam em teorias, em autores que escrevem e publicam livros sobre esses temas, nas redes cotidianas essas palavras perdem seu poder de objetividade para identifi car esta ou aquela situação. De fato, se nos situamos em meio às redes cotidianas das escolas, e com os sujeitos, a resposta para essas questões é uma só: acontece tudo ao mesmo tempo e com todos! Foi um pouco sobre isso que tentamos falar com os textos aqui apresentados.