A óptica da desconstrução dos discursos, modulada por uma constante ironia, é o caminho utilizado pelo autor nesta coletânea de estudos sobre a ficção, a poesia e a crítica literária de nosso tempo. Tratando de autores brasileiros como Oswald de Andrade, Clarice Lispector e Antonio Candido ou estrangeiros como Wallace Stevens, Vladímir Nabokov e Roland Barthes, os textos abordam problemas teórico-críticos atuais, entre eles o estatuto do leitor, o contrato ficcional, as vicissitudes da recepção e os vários modos de ler um poema na pós-modernidade. Jorge Wanderley assume em sua postura "algum fragmentarismo, aliado ao desejo contínuo de duvidar sistematicamente de conceitos e normas".