"Sou um filósofo, não um cientista, e nós filósofos somos melhores em formular perguntas do que respostas." A partir desta declaração de Daniel Dennett, logo no prefácio, o leitor fica sabendo que, ao ler "Tipos de mentes", será assaltado por uma série de dúvidas e questionamentos. Dúvidas das mais comuns, sobre as experiências de um bebê durante o nascimento, às mais exóticas, do tipo: "por que os abutres não se sentem nauseados pelas carcaças podres que devoram?" Na verdade, como o próprio título do livro diz, o autor propõe a discussão sobre os tipos de mentes que existem e o conhecimento que temos sobre eles. "O que existe é uma coisa e o que podemos saber sobre ela é outra totalmente diferente", afirma Dennett, alertando para o perigo de se adotar os limites do nosso conhecimento como guias confiáveis aos limites do que existe. Dennett faz parte de uma equipe de especialistas em robótica do Laboratório de Inteligência, que se dedica ao projeto de construção de um robô humanóide chamado Cog. Ele afirma que esse projeto é tão próximo ao projeto de um ser humano que Cog pode um dia tornar-se o primeiro robô consciente do mundo. Embora feito de metal, silício e vidro,causa forte impressão até mesmo naqueles que conhecem o projeto.