A impressionante expansão de cursos de criminologia em todo o mundo, a certa altura, me convenceu de que existiriam mais criminólogos do que criminosos. Felizmente, a Criminologia dos Condenados proporciona uma peneira apropriada, na medida em que suas contribuições provêm de presos, ex-presos, seus familiares e acadêmicos que trabalham ou desenvolvem pesquisas em instituições prisionais. A proximidade com o mundo da prisão implica a escolha de metodologias adequadas, como a etnografia e a autoetnografia, que distinguem essa escola criminológica de outras distantes perspectivas convencionais e sem vida. Sarcasticamente, alguém poderia sugerir que a Criminologia dos Condenados estava fadada a ver seu início nos EUA, o país com a maior população carcerária do mundo. No entanto, essa excelente coletânea é essencialmente internacional, oferecendo diversos ângulos analíticos, ao mesmo tempo em que abordando temas nacionais e globais. Esse livro traz um alento de ar fresco.