A trama da modernidade tem como enredo central o colapso das experiências temporais e espaciais, cujos símbolos e valores do passado são permanentemente ressignificados. A história de Belo Horizonte revela inúmeros vestígios desse processo: ao longo do século XX, a cidade vivenciou inúmeras metamorfoses em sua tessitura urbana que influenciaram diretamente o modo de vida dos seus habitantes. Sob o signo da modernidade periférica, o livro de Marcelo Cedro enfrenta o desafio de elucidar, em temporalidades distintas, os trajetos históricos, políticos, socioculturais e econômicos que convergem nos deslocamentos das três centralidades simbólicas belo-horizontinas: Praça Sete, Pampulha e Savassi. Munido por instrumentos da análise sociológica e apoiado numa vasta e cuidadosa pesquisa bibliográfica e documental, o livro nos permite desvelar, heuristicamente, as dimensões constitutivas das reconfigurações da praxis e do ethos da metrópole mineira. Euclides de Freitas Couto Historiador/UFSJ