Vales e montanhas, geografia que materializando-se corpórea, descreve o ser da terra e o sangue. Herdo ancestral de erótico compasse e fluídos afluentes no rio da existência. As linhas cruzam, entre-cruzam, entre cruzamentos, desenhando o ser que é e foi, o ser que dá e que recebe vida, fluído, manancial devedor da substância que sobrevive e que se recria, re-elabora. Miranda no olhar, no caminhar, no passado, no presente, mas sem esquecer que são quem são, que é quem é, família e um, um uno na paisagem que o fértil rio de avondosa água é raiz. Porém, rio que sem terra não frutifica, lar onde nascem, onde crescem as sementes que criam o particular cosmos e a experiência. Experiência que fala do seu nascimento, do seu amadurecer, sempre com olhos que olham para atrás e calculam o percurso vivido. Geografia vivaz a se auto-descrever, a recuperar as pedras do seu desenho cartográfico ou código genético. Ser a paisagem ou paisagem do ser. Sonhos de terra ou a terra dos sonhos. (...)