A imagem queima, de Georges Didi-Huberman A primeira edição deste ensaio, L´image brûle, é de 2004. De lá para cá, seu autor veio se firmando como uma das vozes mais autorizadas na renovação epistemológica, não só da história da arte, mas no conjunto das ciências humanas. Toda escritura começa com o olhar de Orfeu, dizia Blanchot, portanto, um dos maiores desafios na antropologia visual praticada por Georges Didi-Huberman é não imobilizar a imagem, isto é, dispensar despojá-la de sua própria capacidade para tornar sensível um determinado instante, um fugaz fragmento da história, como veio sendo comum em certa tradição crítica.(trecho inicial do prefácio de Raul Antelo)