Em tempos de desconstrução das ciências hierarquizantes e da afirmação de modos implicados de criação de saberes, as etnociências e as metodologias inspiradas nelas, realçam epistemológica e metodologicamente a necessidade de se compreender a experiência em suas complexas configurações. Significativos também são os movimentos epistemológicos e formativos que se encontram vinculados às epistemologias experienciais, até porque as lutas por reconhecimento e afirmação criam um movimento de pluralização da ciência deslocando-a para lógicas outras, no qual rigores acadêmicos e científicos implicados à complexa e ampliada questão da diferença são construídos e se efetivam em nome da construção de saberes nos quais sujeitos e segmentos sociais não hegemônicos possam se reconhecer. Esse é um contributo epistemológico e metodológico singular para a pesquisa experiencial e para os processos formativos.