Desde que conheci a Márcia Teani eu queria ser amigo dela. Hoje ela é minha amiga, e, quando minha filha nasceu, Márcia foi uma das primeiras pessoas a pegar ela no colo, e isso me deixou tão feliz! Antes dela ser minha amiga, eu roubei um verso dela. A gente estava num grupo que se reunia no MIS de Campinas, pra ler e conversar sobre poesia. Aí ela leu um poema dela, que falava assim: () o silêncio () ao reencontrar alguém, que você já cumprimentou, após a curva da prateleira no supermercado; e isso era tão lindo, que eu precisei copiar, e copiei. Porque a única poesia que importa é essa que a gente queria ter feito, e acho isso dela em quase todos os poemas. Existe uma relação de sagrado e profano, de mundo do chão e infinito, a noção de que o comezinho do interior é também longo horizonte, que a vida cotidiana é besta e linda. [...]