Segundo João Rua, a obra, que faz parte de uma série de publicações do Núcleo de Estudos de Geografia Fluminense (NEGEF) do Instituto de Geografia da UERJ, é uma atualização da publicação anterior, intitulada Regiões de governo de estado do Rio de Janeiro, de 2005. Num momento em que se vive a diferença e a desigualdade como marcas de uma dialética entre o local e as escalas supra-locais, discutir a importância da região e da regionalização torna-se necessário. Nesse sentido, O estado do Rio de Janeiro expressa essa dialética entre a escala geral da igualização do seu território, na integração à metropolização e as escalas local/regional em suas particularidades / diferenças / desigualdades, através de uma regionalização dinâmica que procura integrar os movimentos de alocação dos investimentos, num jogo de novos fixos (nem tão fixos assim) e fluxos, em áreas do estado já reforçadas por aportes anteriores, ou em novas áreas. Essa dinâmica de "desconcentração concentrada" marca a lógica territorial atual em que o capital é direcionado para onde mais convém a maximização de seus lucros - não importando a quem afete ou quais espaços torne "opacos". Essa desigualização do território fluminense é capturada neste livro que retrata bem esse permanente reordenamento que tanto afeta os diferentes grupos sociais.