Escrever é coragem, escrever é exercício, escrever pode ser ofício, escrever pode ser prazer. mas uma escritora não existe se ninguém a ler. detalhes e acontecimentos prosaicos do cotidiano ganham protagonismo com um olhar demorado, feminino, sensível e irônico, nostálgico e contemporâneo. Balaio é um pouco de terapia, um pouco de pandemia, um pouco de ironia (e audácia em demasia). a identificação que cativa e confirma que somos tribos que compartilham idiossincrasias. a leitura de balaio não é nada linear. poeminhas, pequenos, contos, soluços (senti)mentais, estalos literários, aleatoriedades, ora edificantes, ora alienantes. a leitura de balaio, porém, não é necessariamente rápida. as sensações que desperta podem retardar o avanço e estimular um devaneio. Se não tanto, uma memória. ao menos, um leve sorriso. balaio distrai, entretém, emociona. boa parte da missão de um livro está aí: curta e cumprida.