Um dia é da caça, o outro do caçador. Segundo a americana Barbara Ehrenreich, esse é o mais verdadeiro dos ditados. Em seu novo livro, RITOS DE SANGUE, ela trata, numa abordagem multidisciplinar, dos sentimentos que levam o homem a lutar - quais os intrincados mecanismos sociais e morais que nos fizeram passar de simples caça a guerreiros? Ao construir essa tese original, a autora desafiou teorias defendidas por nomes como Darwin, Freud e outros, num trabalho convincente. "Sempre me fascinou essa questão: o que há com nossa espécie que nos faz ver a guerra como algum tipo de sacramento?", argumenta ela. "Por que a violência é vista, numa ótica histórica, como o centro, o cerne da definição do que é sagrado?"