O que está em foco é o instante decisivo do movimento tolstoísta, uma espécie de movimento de paz e amor da primeira década do século XX, surgida no rastro aberto pelas idéias de reforma do homem e da sociedade defendidas em tratados de teologia, moral e política pelo romancista Leão Tolstói, autor de Guerra e paz e Anna Karenina. Jay Parini, autor de "A última estação - os últimos dias de Tolstói", concentra sua atenção no círculo restrito dos personagens que cercam a figura central. E vale-se da forma dos diários deixados por Tolstói, a filha Sacha, a mulher, Sofia, o médico e o secretário particular, para recriar, numa narrativa tensa e envolvente, prismatizada pela alternância dos enfoques, os dramáticos conflitos que tiveram seu desfecho na estação ferroviária de Astapovo, ponto final da trajetória e Tolstói.