O que poderia fazer um menino ao ver, em uma manhã, depois de uma noite de forte tempestade, uma estrela-menina caída, encharcada e apagada? O personagem construído por Marina Colasanti, mesmo sem saber como lidar com uma criatura tão diferente, mesmo tendo de lidar com a incompreensão da mãe, não hesitou. Era preciso levá-la para casa, cuidar dela. Mas como? Parecia pesada demais para carregar no colo. (...) Assim, durante dias, o menino ocupou-se da estrela tratando de mantê-la sempre aquecida e de renovar o leite na tigela... Com tantos cuidados, carinho e dedicação a estrela voltou a brilhar tão forte que o menino mal conseguia dormir... Mais uma vez não hesitou. Devolveu-a ao céu. Uma história de encantar. Afeto, ternura, atitudes altruístas têm faltado em muitos espaços e, muitas vezes, na sala de aula.