O livro apresenta uma análise do discurso político no contexto da cidade de Juazeiro do Norte-CE, tomando como corpus os folhetos de cordel "Enganame que eu gosto" e "Engana-me que eu gosto 2", de Abraão Batista, matéria de jornal, panfletos e cartas anônimas aos eleitores. Os dois polêmicos folhetos circularam nessa cidade por ocasião das eleições municipais do ano 2000. O primeiro deles foi proibido judicialmente de circular, por trazer imagem e dizeres considerados pela justiça ofensivos à figura feminina. Trazia também um discurso de "bestaferização" (demonização) da mulher e do comunismo. As análises são norteadas pelas teorias do discurso oriundas dos "diálogos e duelos" entre o grupo em torno de Michel Pêcheux e a Arqueologia do Saber de Michel Foucault.