"Meu corpo havia tombado no chão há pouco, e não poderia me manter em pé. Era capaz de pensar, mas meu corpo iria apodrecer. Que antítese! Para todos os efeitos estava finalmente morta. O veneno brincava com minha alma como se esta fosse descartável. Aos poucos me acostumei com a dor como se estivesse entranhada em mim, até que ela cessou. Não distinguia mais do que borrões quando compreendi que parte de mim não era mais humana. Tudo havia mudado, não só eu, mas também a forma de enxergar o mundo, qualquer julgamento não era suficiente para explicar o que havia acontecido comigo. Mesmo para os céticos, o vampirismo nada mais era do que uma da forma de se pensar numa vida após a morte de forma poética."