Omolubá traz a público a estória de um homem acima de qualquer suspeita condenado a vagar sem sossego vítima de sua ambição por ''status'' e poder, ainda que movido uma boa causa. A vida de Ramon de Salvaterra, não fosse por si só um exemplo da precariedade da condição humana, sempre sujeita aos caprichos de sua natureza mesquinha e instável, é também o relato singular de um espírito alinhado sobre como se dão as ''associações'' de espíritos no plano astral. Ramon incorporou-se à Umbanda desde seu início, quando ainda era organizada no plano astral, com a função de resgatar almas. Ele é prova de que esse resgate é possível, sobretudo quando se opera nas esferas do astral, sombras que, muitas vezes, invadem o mundo real a partir das dúvidas, farquezas e contradições contidas na alma humana.