Os estudos culturais têm um compromisso político de desnaturalizar construções que vão se sedimentando na cultura trazendo limites muito diversos para a vida das pessoas. Contestar as barreiras de gênero, de raça, de classe, de deficiência, de território, entre outras que impedem que a diversidade seja possível é parte desta tarefa acadêmica e cotidiana. A interseccionalidade tem sido apropriada como uma categoria que permite identificar quando mais de um desses marcadores sociais está na base das violências e opressões sofridas pelas pessoas que não correspondem à normatividade vigente. Considerando a complexidade do fenômeno cultural, vemos nos capítulos deste livro a busca comum em garantir voz e escuta aos discursos, muitas vezes marginais. Discursos esses que acontecem em diversificados cotidianos educacionais das escolas, dos institutos federais, das universidades, em produções cinematográficas e artísticas, em movimentos de luta protagonizados por mulheres, [...]