Não sei como?? dizer o sile^ncio, a magno´lia ocultada pela luz ofuscante do Sol a pino que estes poemas me doaram como da´diva e memo´ria. Li que Kierkegaard disse: A melhor prova que se da´ para a mise´ria da existe^ncia e´ aquela que se tira da considerac¸a~o do seu esplendor. Mise´ria e esplendor, lado a lado, sempre. E a poesia de Ci´ntia e´ a angu´stia e o assombro diante de um anjo a` cabeceira e outro aos pe´s. Vivos, no sepulcro vazio a ocultar a coisa amada, o perfume da flor que ascende do pa´ssaro selvagem, desconhecido pelos mensageiros, que funda a nossa vigi´lia, e e´ o nome invocado pelo fogo perpe´tuo a quem confiamos a simplicidade do sile^ncio da´diva e heranc¸a dos mortos a` espera das flores. Mas a quem se destina a espera pelas flores sena~o a no´s, que ainda estamos aqui, deste lado do ve´u, impedidos de dormir pelo farfalhar das asas de uma divindade terri´vel e desconhecida?, pelo pulsar do corac¸a~o devorado? Como ecoa no covil o voo noturno dos anjos? [...]