Os desafios cotidianos vivenciados pelos diversos profissionais envolvidos no cumprimento das medidas socioeducativas nos convidam a refletir sobre esta Política Pública que objetiva garantir a esses adolescentes envolvidos na criminalidade o acesso aos direitos violados ou negligenciados pela via do trabalho com a responsabilização que se dá através do acompanhamento de vários eixos da vida do adolescente como, por exemplo: sua relação com a família, com a escola e sua inserção nos grupos. Nesse aspecto, consideramos que responsabilizar é construir respostas possíveis aos impasses que a vida apresenta, respostas que possam levar o adolescente a interrogar sua trajetória infracional e se posicionar frente às novas possibilidades de fazer outros laços com a vida durante o cumprimento da medida socioeducativa.O livro nos convida a pensar as boas práticas nesse campo em que, para além da punição,trazem propostas de trabalho com o sujeito adolescente e suas questões, desde a acolhida até o desligamento do sujeito da instituição, abordando a concepção de vários profissionais das equipes técnicas e de segurança. A partir da vivência da supervisão das equipes nas unidades de Semiliberdade em Belo Horizonte, percebemos que esta política sustenta um espaço para acolher cada caso apostando em um trabalho que tomao particular como orientação na construção dos direcionamentos propostos no campo jurídico e psicossocial. Assim, o leitor encontrará nos textos os diálogos possíveis entre aqueles que cotidianamente se comprometem com esta causa e se dispõem a compartilhar suas experiências.