Esta obra persegue alguns objetivos basilares no que longe à pratica das artes marciais. Entre eles, vale salientar a determinação no sentido de suprir a escassez de informação autentica comprobatória de que eles se ressentem, aliada a ausência total de ensinamentos filosóficos e místico que impregnam e sustentam tal pratica. Se a isto acrescermos a inexistência de literatura séria e bem formulada sobre o assunto, em língua portuguesa, deparar-nos-emos com um panorama deplorável, decadente e corrompido das artes marciais no Brasil. Roque Enrique Severino (Lama Karma Zopa Norbu) insurge-se contra este estado de coisas que avilta essas artes, condenando as concepções errôneas de quem pensa serem elas meras pancadaria, adestramento de marginais, arruaceiros e inescrupulosos. Para tanto, empreende uma incursão pelo universo das artes marciais, que desemboca nas suas mais remotas origens, fazendo desfilar ante os olhos do leitor uma galeria de personagens, tais como os monges Shao Lin, os Samurais, os Cavaleiros Andantes da Europa, os cavaleiros Tigres e Águias da América, cujos valores morais, políticos, filosóficos, guerreiros etc, deveriam constituir o protótipo para o decadente homem moderno. Com invejável erudição, Roque Enrique caminha com desenvoltura em todas as latitudes e longitudes, adentrando-nos magistralmente nos meandros mais ocultos das cultura Japonesa - premiado em duas vezes consecutivas pela Associação Brasil - Japão pelos seus relevantes trabalhos literários - chinesa, indiana, pré-colombiana, greco-romana, entre outras. O resultado é um substancioso tratado de historia, filosofia, ética, religiões (budismo, Zen Budismo, Hinduismo, Islamismo, Cristianismo, Xintoísmo, etc.)