Segundo os relatórios Conflitos no Campo, publicados anualmente pela Comissão Pastoral da Terra, são crescentes os ataques aos quilombolas, indígenas e trabalhadores do campo. Em Dourados - município de Mato Grosso do Sul onde os organizadores deste livro são testemunhas das cotidianas violações de direitos contra os Guarani e Kaiowás - a violência é cada vez maior: logo no início de 2020, cerca de 180 famílias indígenas sofreram ataques por seguranças de fazendeiros, deixando sete indígenas fer idos, incluindo uma criança, que perdeu três dedos da mão esquerda. Em um momento de ataques também às Universidades, sobretudo às públicas, a materialização desta obra coletiva é um ato de resistência e torna claro o necessário posicionamento dos o rganizadores e autores.