O tema maior que aproxima os personagens considerados neste livro Leiris, Gilberto Freyre, Roger Bastide, Oliveira Lima e Pierre Verger são as viagens, realizadas entre as décadas de 1930 e 1960 pelo Brasil, pela América Hispânica e pela África. O intuito do livro é principalmente rever certos autores com ajuda das viagens que realizaram em contextos muito precisos, mais do que teorizar sobre as viagens. As viagens e as produções que elas geram, como as correspondências, diários etc., são valiosos para recuperação aos processos de confecção do conhecimento; Fernanda Peixoto observa que o ateliê do criador entrevisto nessas análises apresenta-se como espaço de experimentações mescladas, que tendem a se separar quando da apresentação pública das obras. E conclui: a viagem é forma de acesso à produção das ideias e do conhecimento, ela própria aparece como uma forma de estar (e ser) no mundo, definindo um espaço próprio, provisório como são os percursos e as ideias.